Saiba como socorrer um cão ou gato que sofreu intoxicação por venenos de rato (dicumarínicos)

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Existem alguns tipos de venenos que são rotineiramente empregues para fazer o controle da pragas de ratos, toupeiras ou outros. Porém, essa substância pode causar sérios prejuízos a saúde de um animal, já que, infelizmente, nem sempre este veneno é usado para sua finalidade principal – fazendo com que a intoxicação de cães ou gatos por venenos de rato (dicumarínicos) se transforme em uma possibilidade real. Com o crescimento da população canina e felina, também aumentou o incômodo das pessoas em função dos barulhos de latidos, lixos revirados, animais soltos na rua e as surpresas de encontrar urina e fezes em lugares indevidos e; com isso, algumas pessoas maldosas ‘revoltadas’ acabam usando este tóxico de uma forma criminosa, provocando a intoxicação de cães ou gatos, em boa parte dos casos, levando estes inocentes animais à morte.

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Podendo destacar uma cor rósea ou azulada e se apresentar em pó ou grânulos, esse tipo de substância causa a intoxicação do animal – geralmente por via oral – esse veneno tem entre as suas principais consequências o desencadeamento de uma deficiência na síntesede vitamina K; que, como resultado, provoca uma alteração na coagulação sanguínea do animal.

Entre as alterações mais comuns presenciadas em casos de intoxicação por dicumarínico em cães e gatos podemos citar:

  • Apatia
  • descoordenação e perda de equilibrio
  • Falta de apetite
  • Fraqueza
  • Sangue na urina ou nas fezes
  • Vômito com ou sem sangramento
  • Alteração no padrão cardíaco
  • Alteração no padrão respiratório
  • Espuma na boca

Embora os sintomas citados anteriormente sejam, no geral, os mais comuns; intoxicação por veneno de rato, na forma mais grave, também pode provocar hemorragias em diversas regiões do corpo – que em alguns cacos podem, inclusive, ser visualizadas como hematomas na pele do pet, sangramento pela boca, sangramento pelas narinas ou, ainda, generalizado.

Normalmente, este sangramento ocorre de dois a cinco dias após a exposiçãodo animal ao produto tóxico, sendo possível que exames de sanguesejam feitos para nos alertar quanto a capacidade decoagulação do pet afetado – tendo em vista que o efeito do dicumarínico no organismo do animal pode impedir uma resposta fisiológica habitual a um sangramento e/ou, ainda, causar sangramento espontâneo de difícil controle.

Dito isso, fica claro que saber como proceder ao identificar os sinais de intoxicação no animal é essencial para a recuperação do pet, sendo que três passos principais devem ser seguidos nesse tipo de ocorrência:

  • Retire o animal do local comprometido
  • Se o envenenament o acabou de ocorrer, recomenda-se que faça com que o animal ingira carvão ativo, que costuma ser utilizado com intuito de evitar a total absorção do venen o pelo organismo, se não tiver carvão activo
  • Leve de imediato o animal ao veterinário para que sejam realizadas as medidas de desintoxicação. Caso haja sangramento (difícil ocorrer no momento da intoxicação, mas pode ser notada dias após intoxicação), comprimir o local afetado com toalha limpa até o acompanhamento do profissional, evitando grandes perdas sanguíneas.
  • Limpe o local com água e sabão e certifique-se de que não há chances de uma nova intoxicação
  • Lembrando ainda que, se o animal está inconsciente ou convulsionando, jamais poderá receber nada pela boca (nem leite, nem água, nada!), em função do risco de aspiração (afogamento), e morte.

O controle da intoxicação é feito com a administração de vitamina K, que deve ser ministrada por alguns dias com o objetivo de estimular o processo de coagulação. A terapia suporte neste casos também é essencial, garantindo a aceleraçãoda excreção do veneno e melhorando o socorro e o acompanhamento do médico veterinário para que o sucesso do tratamento seja total.

Devo fazer o animal vomitar? – NÃO!

Você já teve a curiosidade de ler com cuidado as instruções de um produto de limpeza, produto de higiene, coisas desse tipo? Em sua grande maioria está escrito assim: “Em caso de ingestão, NÃO PROVOQUE VÔMITO e consulte imediatamente um médico, levando a embalagem ou o rótulo do produto”. Se isso vale para humanos, por que não para os bichos?

Várias substâncias usadas para envenenar animais são cáusticas, e portanto extremamente irritantes para as vias aéreas, boca e esôgafo, causando queimaduras químicas. Então use a lógica: se o veneno queima no caminho para dentro, vai queimar ao refazer o caminho para fora, certo? Ao provocar o vômito do animal você estará causando lesões ainda mais graves. Um outro perigo de causar o vômito é que a substância vomitada muitas vezes faz via falsa (vai para os pulmões) e afoga o animal, levando a um quadro grave de pneumonia aspirativa e morte. Portanto, o vômito só deve ser induzido por alguém experiente e quando se sabe exatamente qual foi a substância ingerida.

LEVE O ANIMAL AO VETERINÁRIO o mais rápido que puder. Tempo é um fator crucial nesses casos, e quanto antes o animal for atendido por um profissional, melhores as chances de recuperação. Se possível, leve junto o rótulo da substância ingerida ou o que sobrou dela, pois sabendo o que o animal ingeriu o veterinário poderá agir de acordo.

Medicar sem acompanhamento médico, ou usar receitas caseiras, é PERIGOSO!!! Se você já seguiu uma dessas receitas e seu pet sobreviveu, provavelmente não foi por causa da receita, foi apesar dela. E talvez da próxima vez seu bichinho não tenha tanta sorte.

Partilhe a informação com as suas pessoas amigas para que todos saibam como atuar!

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