Uma mastectomia é uma cirurgia na qual se remove um ou os dois seios. Concretamente existem cinco tipos de mastectomia, que se aplicam consoante o tipo concreto de cancro, assim como tendo em conta o avanço que tem no tecido. è do conhecimento público que nesta semana Angelina Jolie fez uma mastectomia porque os seus doutores estimaram que tinha uma probabilidade de 87% de ter cancro de mama, segundo os meios de comunicação social, mas cada mulher é diferente.
Quando é recomendável fazer uma mastectomia para reduzir o risco de ter cancro de mama? Como saber se devo fazer uma mastectomia? Ao fazer uma mastectomia asseguro que não vou ter cancro de mama? Obtenha respostas a estas questões, dadas pela American Cancer Society:
Uma mastectomia preventiva é recomendada se:
1- Já teve cancro de mama antes. Uma mulher que desenvolve cancro de mama num dos seios tem um maior risco de desenvolver cancro também no outro. Este é o motivo mais comum de uma mastectomia.
2- Tem no seu historial familiar algum caso de cancro de mama ou de ovários. Quando a mãe, a irmã ou a filha de uma mulher tem ou teve cancro, principalmente se este foi diagnosticado antes de atingir os 50 anos de idade, o risco é mais elevado, especialmente se o cancro se desenvolvei em mais de um familiar.
3- Tem alterações genéticas no gene BRCA1 ou BRCA2. Se um exame genético indica mutações ou alterações em determinados genes como o BRCA1 ou o BRCA2 que aumentam o risco de desenvolver cancro de mama.
4- Teve que fazer alguma terapia de radiação ao peito. Antes de atingir os 30 anos, o risco de desenvolver cancro de mama é relativamente alto. Isso inclui as mulheres que fizeram algum tratamento do linfoma de Hodgkin.
5- Tem lobulillar in situ. Alterações não cancerosas nas zonas que cobrem os lóbulos dos seios nos extremos distais dos conductos mamários.
6- Os seus seios são muito densos. Ainda que se trate de casos invulgares, mulheres que tem micro calcificações difusas ou indeterminadas nos seios, cujo tecido mamário é muito denso.
Deve ter em consideração que uma mastectomia não é uma garantia contra o cancro de mama.
Como todas sabem cada organismo tem as suas diferenças e cada mulher é diferente, sendo que uma mastectomia preventiva deve considerar-se em cada contexto específico dos factores de risco e nível de preocupação de desenvolver cancro de mama. Existem estudos que indicam que remover os seios como medida preventiva reduz até 90% a probabilidade de desenvolver cancro em mulheres com risco elevado. No entanto, não existe uma garantia total que proteja do cancro da mama. O tecido dos seios está distribuído nas paredes do peito e pode concrair-se também nas axilas, por cima da clavícula ou até mesmo no abdómen. O certo é que é impossível retirar completamente este tecido, pelo que o cancro pode desenvolver-se mesmo e mulheres que realizaram uma mastectomia, apesar de as probabilidades serem mais baixas.